Artista paraense promove exposição virtual e mobiliza famosos em defesa da Amazônia
Guataçara Monteiro cria exposição Amazônia é Vida e promove a preservação da natureza através de postagens no Instagram até o final de Junho.
No mês do Meio Ambiente, o artista visual Guataçara Monteiro, está fazendo em suas redes sociais uma exposição virtual com o objetivo de mostrar a importância da floresta amazônica para a manutenção da vida no planeta.
O aumento no desmatamento, as mudanças na fiscalização e o avanço da pandemia entre os povos indígenas marcaram as primeiras 20 semanas do ano na Amazônia. Considerando o acumulado desde o início de 2020, foram 1.536km2 desmatados na Amazônia, alerta o WWF-Brasil.
Os alertas de desmatamento na floresta Amazônica bateram o recorde histórico para o primeiro trimestre de 2020, se comparado ao mesmo período dos últimos quatro anos, quando começou a série de monitoramento do sistema Deter-B, do Inpe.
Mais do que 2019, quando proliferaram queimadas que chamaram a atenção internacional, ambientalistas alertam que este ano está próximo de se tornar o mais destrutivo para a maior floresta tropical do planeta.
O grande objetivo da exposição “Amazônia é vida”, é sensibilizar o maior número possível de pessoas, para o rico patrimônio que nós temos e que, a cada dia, segue mais e mais ameaçado.
A mostra conta com a participação de artistas visuais, curadores, produtores culturais, arqueólogos, ativistas ambientais, escritores, cantores, professores, atores globais, dentre outros profissionais.
A cada dia uma obra de arte ganha um texto ou vídeo de convidados que trazem informações importantes sobre o universo proposto pelo artista Guataçara Monteiro, focando na biodiversidade, cultura popular, espiritualidade e o jeito de viver dos povos da floresta.
Do Pará, se farão presentes os cantores e compositores Nilson Chaves, Lucinnha Bastos, Maria Lídia, a pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, Edithe Pereira, dentre outros.
Artistas como João Signorelli, Eliane Giardini e Paulo Betti estão entre os comentaristas das obras.
A exposição é gratuita, com postagens diárias.
Local: Instagram @guatacaramonteiro ou o facebook/guatacaramonteiro
Dados:
Exposição “Amazônia é Vida”
De 01 a 30 de junho 2020
Instagram @guatacaramonteiro
Contato whatsapp:
(12) 99716-3444 – Guataçara Monteiro
(11) 99732-3533 – João Paulo Pessoa
(11) 99239-1477 – Amanda Mello
Site: www.guatacara.com
E-mail: contato@guatacarabrasil.com
Quem é Guataçara Monteiro?
É um artista visual, natural de Castanhal. Com 18 anos ganhou uma bolsa de estudos e veio para o interior de São Paulo, radicou-se em Igaratá/SP, onde possui ateliê de residência desde 2013.
Cursou licenciatura em Artes Visuais e pós-graduação em Cultura Popular Brasileira pela Universidade do Vale do Paraíba-SP, além de pintor, atua como produtor cultural em eventos nacionais e internacionais, montagem de exposições e espetáculos, turismo de experiências culturais, coreógrafo do movimento das danças circulares e possui uma marca própria “Guataçara Brasil” com produtos de decoração, vestuário, papelaria e cozinha, que levam sua assinatura (www.lojaguatacarabrasil.com.br )
Nas artes plásticas, trabalha com pinturas, instalações, esculturas, gravuras, ilustrações e painéis em azulejos, já participou de 33 exposições que aconteceram no Pará, São Paulo, Ceará e Paraíba, no “Carrousel du Louvre” em Paris, França e na Art&Design Galery, em Miami, EUA.
Seu trabalho despertou interesse na área educacional do Brasil, fazendo parte do currículo de escolas públicas e particulares em mais de dez estados brasileiros e também no Chile. Atingindo pouco mais de 300 mil alunos, desde 2010.
Ministrou cursos autorais sobre Cultura Amazônica, em treze estados brasileiros, na Argentina, Chile e México.
Quais suas influências e como sua terra natal influenciou o seu trabalho?
Trago comigo, com muito orgulho, minha raiz paraense. Quem olhar para as minhas obras, imediatamente enxergará um Pará colorido, com seus cheiros, sabores, cultura popular, ancestralidade e fé. Trago em meu coração as cidades de Castanhal e Santa Maria do Pará, como um grande celeiro de inspiração e também onde residem a maioria de meus familiares, os quais visito cerca de duas vezes ao ano.
Minha maior inspiração vem da cultura amazônica e da biodiversidade de nossa floresta, com uma paixão pela arte rupestre e cerâmicas marajoaras.
Tive uma grande referência de meu pai que era contador de histórias e tinha uma fábrica de pipas e brinquedos em Castanhal, e que trabalhou por 11 anos no mercado do Ver-o-Peso, vendendo frutas e polpas, local onde eu passei muito de minha adolescência, ajudando-o em seu ofício. Acompanhei toda a reforma do mercado, Estação das Docas, Complexo Feliz Lusitânia, São José Liberto, Mangal, sem saber que mais tarde, esses locais seriam pura inspiração para a criação de obras multicoloridas.
Dos artistas que me influenciaram, posso citar o Aldemir Martins, Clóvis Júnior, Beatriz Milhazes, e claro, o meu pai, que gostava de ser chamado pelo apelido de Falcão.
Me sinto um privilegiado por ter acreditado no sonho de viver de minha Arte.
Hoje, vejo meu trabalho crescer e ajudar jovens a acreditarem mais em seus próprios talentos e aspirações. Com apenas 36 anos, já tenho um legado de cerca de 300 pinturas retratando a grande biodiversidade, cultura e fé do nosso povo.
Que bom é poder conhecer e apreciar trabalhos artísticos que expressam através de seus traços e cores a beleza inigualável da natureza. Parabéns.